Com a proposta do professor de neutralizar um dos sentidos. Assisti o filme Intocáveis. Já tinha assistido, mas é uma daqueles filmes que a gente assisti várias vezes.
Com a proposta do professor de neutralizar um dos sentidos. Assisti o filme Intocáveis. Já tinha assistido, mas é uma daqueles filmes que a gente assisti várias vezes.
Pensar o sensível
Foi uma mistura de sensações, histórias alegres, tristes, com ganhos e perdas.
Fomos contando nossas histórias e nos mostrando e conhecendo cada um da turma.
Dona da História
A turma foi dividida em grupos menores, e cada um contou a história de como os pais se conheceram. Foi muito legal, trocar essas histórias, e muito emocionante.
Naquela noite liguei para minha mãe e quis saber detalhes de como ela e meu pai haviam se conhecido. Trata-se de uma bonita historinha, mas durante os relatos dos colegas ouvimos muitas histórias tristes, de acidentes inclusive com fatalidades.2
Com a aula de hoje veio uma saudade do meu pai.....
A proposta foi uma coleta física de terra. Como? Recolher um pouco de terra, com a mão e de preferência descalço, de um lugar (ou que represente este lugar) que lhe seja pessoalmente importante, e/ou que tenha sido testemunha de um(s) fato(s) marcante(s) em sua vida. Esta amostra de terra deve ser guardada em um pequeno recipiente e etiquetada com seu nome e o local de procedência da terra (somente no caso de estar fisicamente distante da terra que gostaria de trazer).
Já na aula fomos separados em duplas, onde um colega contou as lembranças que a terra despertou em cada um, foi uma experiência muito interessante, a maioria dos colegas teve a terra ligada as lembranças da infância.
No meu caso a terra foi recolhida na minha casa em Ilhéus, casa a beira mar que era um sonho para aposentadoria que acabou sendo antecipado. Mudei pra Bahia em busca de qualidade de vida, pois em Brasília minha vida era muito corrida, e acabava passando no mínimo 3 horas por dia dentro do carro, em traslados daqui para ali, e de lá para acolá.
Em tal momento, revivi o momento da escolha, e hoje tenho a certeza de que foi o melhor para mim e para minha família.
A foto é o resultado dessa coleta, que tantas lembranças me trouxe.
O Livro acima é de uma coleção Feminismos Plurais, que traz temas relevantes, tais como: empoderamento feminino, transfeminismo, interseccionalidade, lugar de fala, entre outros, abordados por mulheres, acadêmicas, negras, com linguagem didática, como forma de construir instrumentais para compreender a realidade e debates profundos no país.
A aula realizada no dia 27 de julho, oportunamente assisti com a turma do noturno, pois o professor Joel convidou a professora e pesquisadora da Unilab- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Dra. Eliane Gonçalves da Costa para ministrar a palestra “Reflexões sobre lugar de fala, feminismo negro e interseccionalidade”
Durante a palestra foram abordados temas de suma relevância para a vida em sociedade, questão que estamos desenvolvendo ao longo desse componente. A palestrante levantou questões de raça, gênero e classe. E tratamos principalmente da interseccionalidade, as avenidas onde essas questões se cruzam e se ao invés de ficarem mais evidentes, se tornam invisíveis.
Como educadora, várias questões me interessaram, pois estão presentes nas salas de aula, saber lidar com esse tipo de atitude discriminatória, e coibir desde sempre este tipo de postura. É de pequeno que se aprende, e como professor queremos dar exemplo.
Foi interessante constatar nos depoimentos da professora palestrante, e de algumas colegas, que foi o universo acadêmico de ensino superior que proporcionou esse enfrentamento pessoal de autoconhecimento, e autovalorização.
Nesta aula dia 22/07/2021, a proposta foi muito diferente, foram 4 vídeos diferentes, eu fiquei com o vídeo do Brett Henning onde o tema central “ E se substituíssemos os políticos onde o por pessoas escolhidas aleatoriamente?"
No vídeo Henning fala inicialmente do mal funcionamento das democracias pelo mundo todo. Os ideais de democracia são atraentes, mas que na prática não funcionam. " Nossa política é uma furada, não confiamos em nossos políticos, e o sistema político é distorcido por interesses de poder."
Partindo dessas afirmações o palestrante propõe: Selecionemos pessoas aleatoriamente a as colocamos no parlamento. Claro faríamos uma seleção que assegurasse um espelhamento do perfil econômico e demográfico do país e que representasse da melhor forma possível a verdadeiramente a população.
Mesmo que você não fosse escolhido, alguém da sua região, do eu sexo, da sua idade, do seu grau de instrução, sua religião, estaria dentro dos selecionados. De tal forma que a representatividade seria mais equiparada do que o que acontece hoje.
Para sustentar tal projeto, as decisões tomadas por essas pessoas seriam fundamentadas na sabedoria das massas. Todos com uma equipe técnica de qualidade em cada área específica. Além disso, essas pessoas deliberando, iriam além da opinião pública, para realização de escolhas para o bem comum, sem que devessem satisfação aos eleitores.
O palestrante que essa ideia só não é boa para os políticos.
Para finalizar ele argumenta: " Se entregar responsabilidade às pessoas, elas agem de forma responsável."
Já tinha lido um livro sobre essa temática, que indico acima. Os principais argumentos são que essas pessoas representariam proporcionalmente a população. Seria como um microcosmo da sociedade.
Esses escolhidos não teriam feito acordos, e não deveriam favores.
Me convenceu e vc?
Livro: Comunidade a busca por segurança no mundo atual
Autor: ZYGMUNT BAUMAN
Quem é Zygmunt Bauman?
Sociólogo e filósofo polonês (1925-2017), professor
emérito de sociologia das Universidades de Leeds e Varsóvia. Autor de
"Modernidade Líquida", "Comunidade", "Identidade",
"Amor líquido" e outras obras.
O autor fala de “Modernidade Líquida” onde nada é feito para durar; o
estado tem poder pulverizado, incertezas, imprevisibilidade; relações sociais
são mensuradas pelas relações de consumo; pessoas se tornaram mercadorias; inseguranças;
diplomas feitos para o mercado.
Em meu entendimento fugaz, volúvel, em constante mudança. Ele fala ainda
que estamos em tempos implacáveis, onde cada um olha o próprio umbigo, e poucos
se interessam em ajudar uns aos outros.
As palavras têm
significado: algumas delas, porém, guardam sensações. A palavra “comunidade” é uma dessas. Ela
sugere uma coisa boa: o que quer que “comunidade” signifique, é bom “ter uma
comunidade,” “estar numa comunidade”. Se alguém se afasta do caminho certo, frequentemente
explicamos sua conduta reprovável dizendo que “anda em má companhia”. Se alguém
se sente miserável, sofre muito e se vê persistentemente privado de uma vida
digna, logo acusamos a sociedade — o modo como está organizada e como funciona.
As companhias ou a sociedade podem ser más; mas não a comunidade. Comunidade,
sentimos, é sempre uma coisa boa. (BAUMAN, 2003, P.8)
Segundo Bauman, já a "Modernidade sólida" que ocorreu entre os séculos XV ao
XX, foi marcada por: situações previsíveis, racionais; construir novos sólidos
para se obter uma sociedade concreta, perfeita e segura para não existir
necessidade de mudança; extremamente burocrática, mudanças ordenadas, o indivíduo é quantificado, passa a ser número; ideal
iluminista baseado na busca científica e convivência com a tradição religiosa.
Os Mitos citados por Bauman em "Comunidade"
que representam a expulsão de um membro de uma comunidade idealizada. Mito de
Tântalo e Mito de Adão e Eva.
O autor
diferencia sociedade e comunidade. Em uma sociedade os indivíduos se aglutinam
de forma impessoal, enquanto que, em uma comunidade, os integrantes possuem
relações mais conectadas e próximas, cuja harmonia a transforma em uma condição
idealizada, jamais realizada. Podemos constatar isso na citação
"Para
começar, a comunidade é um lugar "cálido", um lugar confortável e
aconchegante (...) Lá fora, na rua, toda sorte de perigo está à espreita; temos
que estar alertas quando saímos, prestar atenção com quem falamos e a quem nos
fala, estar de prontidão a cada minuto".
Livro: A Sociedade dos Indivíduos, de Norbert Elias, na aula do dia 17/06, parte 1 A Sociedade dos Indivíduos (1939)
O que nos falta — vamos admiti-lo com franqueza — são modelos conceituais e uma visão global mediante os quais possamos tornar compreensível, no pensamento, aquilo que vivenciamos diariamente na realidade, mediante os quais possamos compreender de que modo um grande número de indivíduos compõe entre si algo maior e diferente de uma coleção de indivíduos isolados: como é que eles formam uma “sociedade” e como sucede a essa sociedade poder modificar-se de maneiras específicas, ter uma história que segue um curso não pretendido ou planejado por qualquer dos indivíduos que a compõem. (NORBERT, 1994, p. 14).
Como viver em harmonia em sociedade?
Se cada um de nós é tão diferente um do outro, para vivermos em sociedade, precisamos procurar os pontos em comum, e estabelecermos regras, para que funcione.
Com a proposta do professor de neutralizar um dos sentidos. Assisti o filme Intocáveis. Já tinha assistido, mas é uma daqueles filmes que a...